Qual é a relação do Straight Edge com a política?
Basicamente a mesma do movimento punk em geral, uma conduta esquerdista, libertária, que contesta o estado atual das coisas, os valores impostos pela sociedade. Quando bandas ou pessoas decidem seguir mais o lado político da coisa é quase sempre nos quadros do socialismo ou anarquismo.O que acontece também é que a mentalidade de cada lugar se reflete no sXe, e isso diz respeito tanto aos costumes do país, quanto às tradições da cena punk local. Por exemplo, no Brasil, o cenário Straight Edge tem a tradição de ser mais politizado do que na maioria dos outros países, em especial os EUA. Isso talvez se dê pelo fato de que toda a cena punk no brasil sempre foi mais politizada que a dos EUA, além do fato de que por aqui as contradições sociais são mais evidentes.
Mas isso é algo específico já que , não é primordial no movimento ter esses valores incorporados, entretanto, seria um erro crasso a expressão “straight edge fascista” já que sempre que bandas ou zines Straight Edge falam sobre política, esta se encontra em algum lugar da extrema esquerda .
Uma das bandas Straight Edge altamente politizadas no passado foram a holandesa Lärm (pioneira no cenário sXe da Europa e primeira banda sXe comunista do mundo, formada em 82 e junta até 87) e as bandas decorrentes de sua formação, como Profound, Manliftingbanner e Seein Red . Por influência desta cena seccionada holandesa, o chamado "Red Edge" (apelido do "sXe comunista") foi muito popular na Europa no início dos anos 90, com outras bandas como Feeding the Fire (Holanda), Spawn (Alemanha), Timebomb (Itália) e Manifesto (Espanha) aderindo, e diversos zines falando sobre o assunto. Na mesma época, a banda belga Nations .Mesmo entre as bandas Norte-Americanas dos anos 80, em especial o Youth of Today, havia sempre uma ou outra mensagem política, nem que fosse simplesmente anti-fascista.
O Youth of Today foi de fato uma banda que abordou muitos temas políticos/sociais, de maneira relativamente aprofundada (em comparação com o hardcore americano da época), influenciando muita gente.
O LP "We're Not In This Alone", de 88, por exemplo, aborda o anti-fascismo, em "Prejudice", o anti-nacionalismo em "Live Free", o vegetarianismo (qua na época ainda não era tão popular), em "No More" e diversos outros temas importantes.
Posteriormente, no início dos anos 90, apareceram nos EUA e Canadá, uma série de outras bandas ligadas ao sXe extremamente politizadas, tais como os canadenses do Chokehold (sempre críticos, nem que arrumassem brigas com a ala mais "complacente" do hardcore), e as bandas ligadas à gravadora californiana Ebullition (em especial o Downcast).
Ultimamente, com o hardcore/punk em alta na mídia, discos vendendo como água, internet e uma série de outros fatores, nota-se uma despolitização, apatia e um desinteresse consumista em boa parte do cenário punk (no sentido amplo da palavra) mundial. Esta apatia e esse consumismo acaba se refletindo também na cena Straight Edge, e cabe a cada um de nós reverter essa situação e fazer do punk uma força efetiva de mudança social, independente do que você bebe ou deixa de beber.
Basicamente a mesma do movimento punk em geral, uma conduta esquerdista, libertária, que contesta o estado atual das coisas, os valores impostos pela sociedade. Quando bandas ou pessoas decidem seguir mais o lado político da coisa é quase sempre nos quadros do socialismo ou anarquismo.O que acontece também é que a mentalidade de cada lugar se reflete no sXe, e isso diz respeito tanto aos costumes do país, quanto às tradições da cena punk local. Por exemplo, no Brasil, o cenário Straight Edge tem a tradição de ser mais politizado do que na maioria dos outros países, em especial os EUA. Isso talvez se dê pelo fato de que toda a cena punk no brasil sempre foi mais politizada que a dos EUA, além do fato de que por aqui as contradições sociais são mais evidentes.
Mas isso é algo específico já que , não é primordial no movimento ter esses valores incorporados, entretanto, seria um erro crasso a expressão “straight edge fascista” já que sempre que bandas ou zines Straight Edge falam sobre política, esta se encontra em algum lugar da extrema esquerda .
Uma das bandas Straight Edge altamente politizadas no passado foram a holandesa Lärm (pioneira no cenário sXe da Europa e primeira banda sXe comunista do mundo, formada em 82 e junta até 87) e as bandas decorrentes de sua formação, como Profound, Manliftingbanner e Seein Red . Por influência desta cena seccionada holandesa, o chamado "Red Edge" (apelido do "sXe comunista") foi muito popular na Europa no início dos anos 90, com outras bandas como Feeding the Fire (Holanda), Spawn (Alemanha), Timebomb (Itália) e Manifesto (Espanha) aderindo, e diversos zines falando sobre o assunto. Na mesma época, a banda belga Nations .Mesmo entre as bandas Norte-Americanas dos anos 80, em especial o Youth of Today, havia sempre uma ou outra mensagem política, nem que fosse simplesmente anti-fascista.
O Youth of Today foi de fato uma banda que abordou muitos temas políticos/sociais, de maneira relativamente aprofundada (em comparação com o hardcore americano da época), influenciando muita gente.
O LP "We're Not In This Alone", de 88, por exemplo, aborda o anti-fascismo, em "Prejudice", o anti-nacionalismo em "Live Free", o vegetarianismo (qua na época ainda não era tão popular), em "No More" e diversos outros temas importantes.
Posteriormente, no início dos anos 90, apareceram nos EUA e Canadá, uma série de outras bandas ligadas ao sXe extremamente politizadas, tais como os canadenses do Chokehold (sempre críticos, nem que arrumassem brigas com a ala mais "complacente" do hardcore), e as bandas ligadas à gravadora californiana Ebullition (em especial o Downcast).
Ultimamente, com o hardcore/punk em alta na mídia, discos vendendo como água, internet e uma série de outros fatores, nota-se uma despolitização, apatia e um desinteresse consumista em boa parte do cenário punk (no sentido amplo da palavra) mundial. Esta apatia e esse consumismo acaba se refletindo também na cena Straight Edge, e cabe a cada um de nós reverter essa situação e fazer do punk uma força efetiva de mudança social, independente do que você bebe ou deixa de beber.
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